Fuja da Vitrine Digital: Por Que Largar as Redes Sociais Me Fez Bem

Oi, boa noite! Olha eu aqui novamente. Desta vez, demorei um pouco para postar. Sabe, eu tenho tanta coisa para falar que às vezes nem sei por onde começar... Mas hoje resolvi escrever sobre redes sociais. Se tem uma coisa que é péssima para quem é consumista, são elas: as redes sociais. Eu te garanto uma coisa — fique só um tempinho por lá e logo vai sair querendo passar o cartão e comprar algumas coisinhas. Plataformas como Instagram, TikTok e YouTube estão cheias de influenciadores mostrando produtos, fazendo reviews, unboxings ou promovendo promoções. Isso pode ser um grande gatilho para quem sofre de oniomania (compulsão por compras). Aquela coisinha chamada algoritmo sabe todas as suas fraquezas. Pode acreditar: tudo o que você gosta vai aparecer a cada rolagem de tela, identificando seus interesses de consumo e reforçando ainda mais o ciclo. Vai por mim: eu não tenho mais redes sociais. Achei que ia enlouquecer no começo — porque sim, gera uma certa abstinência. Mas, a cada dia que passava, eu descobria que precisava cada vez menos daquilo tudo. A não ser que você trabalhe com isso e realmente precise, eu não aconselho. E vou te explicar os meus motivos: 1. Sensação de insuficiência Quanto mais tempo você passa lá, mais se sente fracassado, sem conquistas. Parece que nunca vai alcançar nada. Em vez de se sentir feliz pelas vitórias que já teve, começa a se perguntar o que fazer para ter tudo aquilo que vê as pessoas ostentando. E isso vale para tudo: bens materiais, corpo, carreira… Você nunca vai achar que é bonito, bem-sucedido ou feliz o suficiente. "E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente..." (Romanos 12:2) A Bíblia já nos alertava sobre isso. A comparação constante com o padrão do “mundo” (inclusive o das redes sociais) nos afasta daquilo que realmente importa. 2. Comparação contínua Você pode ter acabado de comprar o trench coat da última coleção, mas basta ver sua colega com um de outra cor que já vai querer mais um. E, como mágica, o anúncio aparece para você. Entenda: as pessoas não postam tudo o que fazem por mal. Elas só querem esconder a parte ruim da vida e fazer você acreditar que nunca terá uma vida perfeita como a delas. E assim, a cada coisa que você vê, mais insatisfações surgem. Quantos cursos desnecessários eu já me matriculei só porque vi alguém fazendo — achando que era um conhecimento essencial — e no fim nem concluí? O estilo de vida idealizado que se mostra nas redes gera sentimentos de inadequação e baixa autoestima. Isso incentiva compras como forma de "compensação" ou tentativa de acompanhar um padrão de status e beleza. Muitas redes sociais têm integração direta com lojas, como o Instagram Shopping ou os links de afiliados do TikTok. O processo de compra vira algo quase instantâneo: um clique, e pronto, compra feita. Essa gratificação imediata agrava o comportamento impulsivo típico da oniomania. Comprar o que viu nas redes pode até aliviar, por um momento, a ansiedade, o estresse ou outros sentimentos ruins — e isso cria um ciclo de dependência emocional com o ato de comprar. E como o consumo é incentivado socialmente — com curtidas, comentários e validações — o comportamento compulsivo acaba sendo normalizado, ou até elogiado. Isso dificulta muito o reconhecimento do transtorno. "Melhor é o pouco com o temor do Senhor do que um grande tesouro onde há inquietação." (Provérbios 15:16) O excesso não traz paz — traz ansiedade, comparação e cobrança. Às vezes, ter menos é o que nos deixa mais tranquilos. No fim das contas, voltamos sempre para o mesmo ciclo: endividamento, culpa, arrependimento, isolamento social, conflitos familiares e piora da saúde mental (ansiedade, depressão...). E se você também estiver se sentindo assim? Se tudo isso parece familiar pra você — se sente que está sempre comprando sem necessidade, se cobra demais e vive se comparando com os outros — talvez seja hora de repensar como as redes sociais estão influenciando sua vida. Não é fácil. Eu sei. No começo, parece impossível se desconectar. A gente acha que vai perder algo importante, que vai ficar por fora de tudo. Mas com o tempo você percebe que a vida de verdade acontece fora da tela. Até porque desculpe a sinceridade, mas ninguém liga pra você! Tente desconectar por um tempo e veja se as pessoas vão sentir sua falta por lá, você vai se surpreender... "Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem consomem... Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração." (Mateus 6:19-21) Será que nosso coração está nas coisas eternas — ou nos likes, nas compras e nos status? Algumas coisas que me ajudaram no início: Desativei as notificações: isso reduziu muito minha ansiedade e aquela vontade constante de "só dar uma olhadinha". Estipulei horários para entrar: em vez de ficar rolando sem parar, comecei a usar as redes com mais consciência e desinstalei os ícones da tela do celular. Deixei de seguir gatilhos: perfis que me faziam me sentir mal, que incentivavam consumo o tempo todo, ou que mostravam uma vida perfeita demais... tudo isso eu silenciei ou deixei de seguir. Voltei a fazer coisas que gosto fora da internet: caminhar, cozinhar, ler um livro, conversar com alguém cara a cara... Parece simples, mas faz uma diferença enorme. Procurei ajuda: sim, falar com um psicólogo e psiquiatra fez toda a diferença. Às vezes a gente precisa de alguém pra ajudar a organizar o que está bagunçado aqui dentro. Um convite Não estou aqui para dizer que você tem que sumir das redes ou virar anti-tecnologia. Só quero te convidar a refletir: O que você está ganhando e o que está perdendo? Será que esse conteúdo que você consome te aproxima ou te afasta de quem você realmente é? Se estiver te fazendo mal, talvez seja hora de dar um passo atrás, respirar e se reconectar com a vida real. Porque você não precisa comprar tudo o que vê, nem parecer com ninguém. Você só precisa ser você — e cuidar da sua saúde mental deve ser prioridade. “Vaidade de vaidades, diz o pregador; tudo é vaidade.” (Eclesiastes 1:2) A gente corre atrás de tanta coisa... e no fim, nada disso preenche o que realmente importa.

Maya Freitas

5/8/20251 min read

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